sábado, 3 de agosto de 2013

CINEMA




MARIO MONICELLI: 

SUICIDOU-SE, RINDO DA PRÓPRIA VIDA.



     A genialidade de Monicelli foi fazer a plateia rir da própria miséria.
     Ele disse em 1999:  " A comédia italiana é um tipo muito específico de comédia.  Ela gira em torno de argumentos e temas dramáticos.  As histórias são trágicas, mas o ponto de vista é cômico e humorístico.  Os italianos enxergam a realidade e a vida dessa forma.  As histórias que fazem rir se originam sempre da pobreza, da fome, da miséria, da velhice, da doença e da morte.  São temas que fqazem os italianos rir."  
(O que Monicelli esqueceu de dizer é que não são só os italianos que assim se comportam).  
     Ele pertenceu a uma geração de gênios que fizeram o cinema italiano uma referência estética do século XX.
     O cineasta criou seu próprio tipo,sua marca registrada: melodrama das pessoas simples, na luta diária pela sobrevivência, usando para tanto quaisquer artifícios e subterfúgios à disposição, sejam eles dignos ou imorais,legais ou inconfessáveis.

     Longe do deslumbramento onírico de Fellini, dos cortes agudos de Visconti na decadência da aristocracia; muito além do experimentalismo de Antonioni, e da provocação explícita de Passolini, o cinema de Monicelli nos faz rir de nossa própria miséria.

     Mario Monicelli seguiu à risca sua receita cômica até o último ato, quando aos 95 anos, doente terminal de câncer de próstata, jogou-se do quinto andar de um hospital romano.  Era 29 de novembro de 2010.   Foi um vôo à liberdade, como nos fez ver em seus 60 filmes e mais de 70 roteiros: trágico,cômico e humorístico.
icelli seguiu à risca sua receita cômica até o último ato.   Foi um desfecho trágico e corajoso, digno do maior Autor de comédias do cinema italiano.  "Na comédia italiana, o final é sempre ruim",  ele costumava dizer.
Longe do deslumbramento onírico de Fellini, dos cortes agudos de Visconti na decadência da aristocracia; muito além do experimentalismo de Antonioni, e da provocação explícita de Passolini, o cinema de Monicelli nos faz rir de nossa própria miséria.
O cinema ficou órfão e empobrecido.

MARIO MONICELLI PERTENCIA A UMA GERAÇÃO DE GÊNIOS
QUE FEZ DO CINEMA ITALIANO UMA REFERÊNCIA DO SÉCULO XX.


     O cineasta aprendeu a fazer comédia dirigindo filmes do humorista Totó nos anos 1950.  Quando dominou o gênero para o voo solo.  Seu primeiro sucesso, "Os eternos desconhecidos"  (1958) com Vittorio Gassman, Claudia Cardinale, Marcello Mastroianni, Totó, é a história de cinco aparvalhados metidos numa tentativa desastrada de assalto.
 Em 1959, conquistou o Leão de Ouro do Festival de Veneza com A Grande Guerra,
sobre dois jovens, Gassman e Alberto Sordi, que fazem de tudo para escapar do serviço militar na Primeira Guerra Mundial.

Seguiram-se outros sucessos como Os Companheiros(1963) e Casanova 70 (1965), ambos com Marcello Mastroainni.   O reconhecimento mundial  veio em 1966 com "O incrível exército de Brancaleone" ,
a saga hilária de um cavaleiro medieval de araque (Gassman) numa versão bufa de Dom Quixote.
 "Meus caros amigos" é ainda considerado o filme mais engraçado de todos os tempos;  tudo gira em torno de um grupo de amigos (Ugo Tognazzi, Philippe Noiret, Adolfo Celi)
que vivem para se divertir;  são senhores sérios, engravatados e grisalhos que invadem festas, vão a velórios falar mal do defunto desconhecido, ou vão a concertos de vozes com canções desafinadas e de mau-gosto,
e estapeiam passageiros nas estações nos trens iniciando suas partidas.


     Monicelli fez parte de um cinema de realidade e de sonhos, em contracomposição à grandioloqência moralista hollywoodiana.  Era um cinema que ficará na saudade dos espectadores que aguardavam ansiosos a estreia de alguma nova obra-prima -- foram tantas!

     A Itália de hoje, dominada pelo espectro de Silvio Berlusconi & Cia. , é o retrato da decadência.  Culturamente, é uma sombra do passado.  Não é a pátria que Monicelli amou.  Quando ele pôs fim à própria comédia humana, restou um final triste. Um cinema mais que imperfeito.   Depois de Fellini, de Pasolini, de Rosellini, De Sica, Antonioni, e principalmente dele, o cinema italiano é uma lamentável insignificância.

FILMOGRAFIA.

Mario Monicelli realizou 54 filmes e 9 documentários.

Abaixo, nossa modesta desmonstração:

Mim della do ragazzi através de Paal, com Alberto Mondadori (1935) 
D'estate de Pioggia (1937) 
Casas do cerca de Totò (com Steno, 1949) 
Celebrità do la do diavolo do Al (1949, com Steno) 
Cani de Vita a Dinamarca (com Steno, 1950) 
Cavaliere do IL do arrivato de È! (com Steno, 1950) 
Ladri de Guardie e (com Steno, 1951) 
Totò e mim com referência aos di Roma (com Steno, 1952) 
Totò e le donne (Toto e mulheres, 1952, com Steno) 
Le infedeli, com Steno (1953) 
Proibito (1954) 
Ritmos do nostri do dei do eroe do Un (1955) 
Totò e Carolina (1955) 
Donatella (1956) 
Stregone do lo do medico e do IL (1957) 
Figli de Padri e (1957) 
Mim ignoti do soliti (grande coisa em Madonna Rua, 1958) 
A grande Guerra (1959) 
Risate di gioia (1960) 
Boccaccio '70 (1962 - segmento “Renzo e Luciana”) 
Mim compagni (organizador, 1963) 
Infedeltà de Alta (Infidelidade elevada, 1964, com Luciano Salce, Elio Petri e Franco Rossi) 
Casanova '70 (1965) 
Le destino (1966 -, com Mauro Bolognini, Antonio Pietrangeli e Luciano Salce) 
L'armata Brancaleone (para Amor e Ouro, 1966) 
A mulher e a pistola (1968) 
All'italiana do capricho (capricho Estilo italiano, 1968, com Mauro Bolognini, Steno, Pino Zac, cais Paolo Pasolini e Franco Rossi) 
Toh, nonna do la do morta do è! (1969) 
Alle Crociate de Brancaleone (Brancaleone nas cruzadas, 1970) 
Le coppie (1971, com Alberto Sordi e Vittorio De Sica) 
Mortadella do La (1971) 
Vogliamo mim colonnelli (1973) 
Popolare de Romanzo (1974) 
Miei de Amici (1975) 
Caro Michele (1976) 
Signori dos Signore e, buonanotte (1976, com Luigi Comencini, Nanni Loy, Luigi Magni e Ettore Scola) 
Flautim de flautim borghese do Un (1977) 
Viva Italia! (1977, com Risi de Dino e Ettore Scola) 
Engodo Anita de Viaggio (1979) 
Temporale Rosado (1979) 
D'albergo da câmera (1981) 
IL del marchese Grillo (1981) 
Atto II do miei de Amici (1982) 
Bertoldo, Bertoldino e Cacasenno (1984) 
Vite devido di Mattia Pascal do Le (1985) 
Femmina do sia do che de Speriamo (1986) 
Mim picari (1987) 
Malato do marito do ingenua e IL do moglie do La (1989) 
registi 12 por o città 12 (1989, documentável. Segmento “Verona”) 
Oscuro masculino do IL (1990) 
Rossini! Rossini! (1991) 
Serpenti de Parenti (1992) 
Amici do fottutissimi de Cari (1994) 
Paradiso de Facciamo (1995) 
Esercizi di stile (1996 - edile de Idillio do segmento) 
Topi di appartamento (1997, curto) 
Sporchi de Panni (1999) 
Magico do amico do Un: maestros Nino Rota do IL (1999, documentável) 
Vem o piove do fuori do quando (2000, a minissérie da tevê) 
È do mondo do altro do Un possibile (2001, documentáveis) 
Dalla Palestina de Lettere (2002, documentáveis) 
Domani do nostro de Firenze, IL (2003, documentáveis) 
Le del cor-de-rosa deserto (as rosas do deserto, 2006) 
Mim della do ragazzi através de Paal (1935) 
D'estate de Pioggia (1937) 
Diverte do si do granduchessa do La (1940) 
Brivido (1941) 
Móbil do è de donna do La (1942) 
Cortocircuito (1943) 
IL único di Montecassino (1945) 
Nera de Aquila (1946) 
Perduta de Gioventù (1947) 
La figlia del capitano (1947) 
Del do corriere do IL com referência a (1947) 
Follie por o l'opera (1948) 
Mim Miserabili (1948) 
Errante de L'ebreo (1948) 
Misterioso do cavaliere do IL (1948) 
Guerra do alla de Accidenti! (1948) 
Tradimento do IL (1949) 
Celebrità do la do diavolo do Al (1949) 
Casas do cerca de Totò (1949) 
Della Sila do lupo do IL (1949) 
Conte Ugolino do IL (1949) 
Cani de Vita a Dinamarca (1950) 
Soho Conspiração (1950) 
L'inafferrabile 12 (1950) 
Cavaliere do IL do arrivato de È! (1950) 
Brigante Musolino do IL (1950) 
Risposta de Botta e (1950) 
Sarda da vingança… (1951) 
Ladri de Guardie e (1951) 
Tizio, Caio, Sempronio (1951) 
Rovina do MI do che do l'amor de È (1951) 
Ngrato do núcleo '(1951) 
Tasse do alle de Accidenti!! (1951) 
Assassino do un do Amo (1951) 
Totò e mim com referência aos di Roma (1952) 
Totò e le donne (1952) 
Totò um colori (1952) 
Perdonami (1952) 
Poveri de Cinque no automóvel (1952) 
Gatti de Cani e (1952) 
Napoletano do Un turco (1953) 
Più comico spettacolo del mondo do IL (1953) 
Le infedeli (1953) 
Rusticana de Cavalleria (1953) 
Giuseppe Verdi (1953) 
Vinti de Guai ai (1954) 
Proibito (1954) 
Ritmos do nostri do dei do eroe do Un (1955) 
Totò e Carolina (1955) 
La donna più bella del mondo (1955) 
Donatella (1956) 
Stregone do lo do medico e do IL (1957) 
Figli de Padri e (1957) 
Mim ignoti do soliti (1958) 
A grande Guerra (1959) 
Risate di gioia (1960) 
Um tigre do della do cavallo (1961) 
Boccaccio '70 (1962 - segmento “Renzo e Luciana”) 
Dell'estate de Frenesia (1963) 
Mim compagni (1963) 
Casanova 70 (1965) 
Mim mariti do nostri (1966 - segmento do “marito di Olga IL”) 
L'armata Brancaleone (1966) 
A mulher com a pistola (1968) 
Toh, nonna do la do morta do è! (1969) 
Crociate do alle de Brancaleone (1970) 
Vogliamo mim colonnelli (1973) 
Bollito de Gran (1977) 
Miei de Amici (meu Amigo, 1975) 
Flautim de flautim borghese do Un (1977) 
Temporale Rosado (1979) 
D'albergo da câmera (1981) 
IL del marchese Grillo (1981) 
Atto II do miei de Amici (1982) 
Bertoldo, Bertoldino e Cacasenno (1984) 
Vite devido di Mattia Pascal do Le (1985) 
Femmina do sia do che de Speriamo (1986) 
Mim picari (1987) 
Oscuro masculino do IL (1990) 
Rossini! Rossini! (1991) 
Serpenti de Parenti (1992) 
Amici do fottutissimi de Cari (1994) 
Paradiso de Facciamo (1995) 
Sporchi de Panni (1999) 
Magico do amico do Un: maestros Nino Rota do IL (1999, documentável) 
Vem o piove do fuori do quando (2000, a minissérie da tevê) 
Le del cor-de-rosa deserto (as rosas do deserto, 2006) 
Mim della do ragazzi através de Paal, com Alberto Mondadori (1935) 
D'estate de Pioggia (1937) 
Casas do cerca de Totò (com Steno, 1949) 
Celebrità do la do diavolo do Al (1949, com Steno) 
Cani de Vita a Dinamarca (com Steno, 1950) 
Cavaliere do IL do arrivato de È! (com Steno, 1950) 
Ladri de Guardie e (com Steno, 1951) 
Totò e mim com referência aos di Roma (com Steno, 1952) 
Totò e le donne (Toto e mulheres, 1952, com Steno) 
Le infedeli, com Steno (1953) 
Proibito (1954) 
Ritmos do nostri do dei do eroe do Un (1955) 
Totò e Carolina (1955) 
Donatella (1956) 
Stregone do lo do medico e do IL (1957) 
Figli de Padri e (1957) 
Mim ignoti do soliti (grande coisa em Madonna Rua, 1958) 
A grande Guerra (1959) 
Risate di gioia (1960) 
Boccaccio '70 (1962 - segmento “Renzo e Luciana”) 
Mim compagni (organizador, 1963) 
Infedeltà de Alta (Infidelidade elevada, 1964, com Luciano Salce, Elio Petri e Franco Rossi) 
Casanova '70 (1965) 
Le destino (1966 -, com Mauro Bolognini, Antonio Pietrangeli e Luciano Salce) 
L'armata Brancaleone (para Amor e Ouro, 1966) 
A menina com a pistola (1968) 
All'italiana do capricho (capricho Estilo italiano, 1968, com Mauro Bolognini, Steno, Pino Zac, cais Paolo Pasolini e Franco Rossi) 
Toh, nonna do la do morta do è! (1969) 
Alle Crociate de Brancaleone (Brancaleone nas cruzadas, 1970) 
Le coppie (1971, com Alberto Sordi e Vittorio De Sica) 
Mortadella do La (1971) 
Vogliamo mim colonnelli (1973) 
Popolare de Romanzo (1974) 
Miei de Amici (1975) 
Caro Michele (1976) 
Signori dos Signore e, buonanotte (1976, com Luigi Comencini, Nanni Loy, Luigi Magni e Ettore Scola) 
Flautim de flautim borghese do Un (1977) 
Viva Italia! (1977, com Risi de Dino e Ettore Scola) 
Engodo Anita de Viaggio (1979) 
Temporale Rosado (1979) 
D'albergo da câmera (1981) 
IL del marchese Grillo (1981) 
Atto II do miei de Amici (1982) 
Bertoldo, Bertoldino e Cacasenno (1984) 
Vite devido di Mattia Pascal do Le (1985) 
Femmina do sia do che de Speriamo (1986) 
Mim picari (1987) 
Malato do marito do ingenua e IL do moglie do La (1989) 
registi 12 por o città 12 (1989, documentável. Segmento “Verona”) 
Oscuro masculino do IL (1990) 
Rossini! Rossini! (1991) 
Serpenti de Parenti (1992) 
Amici do fottutissimi de Cari (1994) 
Paradiso de Facciamo (1995) 
Esercizi di stile (1996 - edile de Idillio do segmento) 
Topi di appartamento (1997, curto) 
Sporchi de Panni (1999) 
Magico do amico do Un: maestros Nino Rota do IL (1999, documentável) 
Vem o piove do fuori do quando (2000, a minissérie da tevê) 
È do mondo do altro do Un possibile (2001, documentáveis) 
Dalla Palestina de Lettere (2002, documentáveis) 
Domani do nostro de Firenze, IL (2003, documentáveis) 
Le del cor-de-rosa deserto (as rosas do deserto, 2006)